O abraço recusado
O beijo desviado
A mão sacudida para a outra não pegar
A mensagem desprezada
A visão disfarçada
Palavras desferidas para magoar
O encontro ignorado
O acordo distratado
Gargalhadas insanas a ecoar
O excesso de escolha
Coração em restolha
E maus conselhos a te guiar
Mundo gira, tempo passa e quando procuras,
Cadê aquele abraço
Onde foi dado aquele beijo
Quem pode me dar a mão
Porque não recebo mensagens
Alguém pode olhar para mim
Mas eu falei isso
Não lembro do que ri outrora.
Não sei mais o que faço agora.
Mas amanhã, quem sabe
E os amanhãs se sucedem,
E o tempo passa, tempo ingrato que eterniza a agonia da solidão.
É o que mereces
Talvez não, mas foi o que buscastes.
A isso se denomina eterna saudade,
Que por falta de maturidade,
Deixaste escorrer a oportunidade
De ter contigo a felicidade.
Por conta da ingratidão.