Os meus joelhos estão ralados, surrados
E minha vida está modesta de festa,
Meu horizonte está tranqüilo, sumindo,
Minha amizade é sempre aberta a flechas.
O som das ruas me consola, me isola,
Amigos somem com o vento eu relembro
E a verdade a todo instante, irrelevante,
Que tudo aos poucos está morrendo com o tempo.
O que vou fazer se a cada dia o meu tempo é menor,
Minha mente está cansada e minha ignorância pior,
Então só me resta respirar e esperar.
Sinos tocam na lembrança da infância
E a vida corre em disparada, conturbada,
Amores que ficam na memória viram historia,
Sozinho fico nessa estrada ultrapassada,
Vivendo como se fosse o ultimo dia com alegria
Tentando remover os antigos estragos com cuidado
E risos que não vem com freqüência por experiência
No choro caindo de olhos cansados um desabafo.
Foi tudo assim tão bom, brinquei, me diverti, foi demais,
Orgulho me do que fiz sempre que olho para trás
E o que me resta é respirar, esperar e lembrar.