Ricardo V. Barradas

A herança das atitudes nobres, honradas, piedosas, sinceras e humildes com o povo, as mulheres e os pequeninos e gentil e diplomata frente aos seus inimigos evitando o confronto bélico bárbaro desnecessário, que solidificou em principio básico e quase obrigatório nas principais ordens cavaleirescas medievais do mundo europeu cristão no templo das cruzadas veio do Islã.Este comportamento, honra e fidalguia é o legado histórico de um árabe que se chamava Salah al Din Yusuf ibn Ayub.
ou simplesmente o justo e admiradado, sultão Saladino.

Eu por tantas caminhadas nesta vida entendi que sou terminante contra aos grandes e pequenos erros mas determinadamente solidário, beneficente e misericordioso com os errados.

O meu verdadeiro eu, o meu verdadeiro meu sempre esteve e estará muito acima de todas as possíveis e diferentes aparências que só existem para nos confundir e camuflar.
Eu sei exatamente o que quero e sei bem onde está.

Toda vez que choro sem lagrimas, soluço abafado e morro um pouquinho por dentro.
Diante da incompreensível dureza de ser não há equações nem adequações, a fatalidade geométrica eleva o vazio infinitamente rumo ao vácuo, onde nada existe, nem as livres e as vivas emoções.

Selvagens mudanças.
Em vez da tranquilidade e harmonia vem o risco da morte banal por um fio, em vez da fé e a razão vem o fanatismo religioso cego e ignorante.Em vez do amor e o prazer vem a loucura da dor aprimorada e os vícios da mente e da carne cada vez mais doentes.

Um dia me perguntaram se eu era mestre de alguma antiga escola iniciática esotérica.
Eu sorridente respondi.Sou apenas um modesto, inacabado e curioso caminhante buscando ser a cada dia mais atento aos infinitos encontros, conhecimentos, reflexões e aprendizados dos caminhos que se revelam, generosamente.

Minha alma chora toda vez que vejo uma criança mundo afora, por delitos infantis ir embora, dos caminhos que julgo certo para ser por sorte, um dia destes, bem mais feliz.

Tudo ao nosso redor, pelos sete sentidos ainda pouco divulgado, o tempo inteiro ora quando estamos dormindo e quando estamos acordado, são profundas e generosas revelações.

Em uma fraternidade justa e perfeita os irmãos vivem na mesma medida para si e para o outro.Sendo assim nunca podemos fazer um pedido injusto, errado e incorreto a um irmão que da mesma forma se nos fosse pedido, diríamos : Não.

Não somos iguais aos cada um cuida de si.
Somos irmãos e diferentes.
Pensadores livres e de bons costumes.
Somos maçons.

Na maçonaria e no grande oriente em união que acredito e participo somos todos leais irmãos incondicionais por espirito muito mais que pelas medidas, pesos e pelos valores mundanos, sejam eles dos metais, das carnes, das palavras ou pelas vestes e pelo pão, alegorias materiais e temporais bem longe do coração.

Salve, mamãe Africa o começo de tudo.

Meio que na contra mão de um tempo egoísta e de vaidades usurpativas menores, ainda acredito na ampla generosidade intelectual que deva ser ofertada por quem sabe em qualquer boa e digna conversa sobre arte e cultura.
Uma cultura trancafiada entre poucos eleitos, não vale nada, apodrece e morre.

Minha silenciosa virtude me protege sempre quando não permite que meu Deus, minha cultura e minha caminhada seja maior e nem melhor que as de ninguém.
Gosto mesmo de pensar que sou como um burrico desajeitado e que gosta de ficar diante do chafariz se perguntando: De onde vem, tanta água

A arte é livre mas a cultura na correta universalidade e diversidade impõem limites éticos e morais desta liberdade.