PÁTRIA AMADA
E o circo pega fogo
No alçapão dos brasis
Borbulham panelaços
Nas trempes da Pátria Amada
Um muro um tanto frágil
Separa os espectadores,
Aliás, as torcidas.
De um lado o verde e o amarelo
E do outro o vermelho.
Gestos e gritos, uivos e berros
Arrebentando tímpanos
Durante horas quilométricas
Frenéticos atores
Protagonizam as cenas
E afugentam o cansaço.
Eis o nobre circo
Em que, sem exceção,
Cada artista é um palhaço.