O Monte
Guardo o teu beijo, eterno beijo, na memória.
No outono cinzento, a despedida, último adeus,
Porque foste sem deixar me uma esperança
De reviver o teu carinho e os lábios teus!
Amargurando o teu partir, restou me o beijo.
Sonho desfeito, nem as folhas esqueceram,
Em dias de chuva, de relembrá lo ao pé do Tejo,
Brincando algures junto às brisas que passavam!
As estações se sucederam desde então!
Alma enfraquecida, olhar perdido no horizonte,
Encontrei na escrita o que precisava o coração,
Um mentor para me levar ao cimo deste monte
Trago a utopia de uma espera que me amadureceu!
Cedo o destino e a vida; ao tempo, entrego a morte,
Mas na esperança de beijar te uma outra vez a olhar o céu..
Porque em cima daquele monte eu acredito que voltarei a ter sorte.