Maria Avarenta
Maria era uma mulher linda, mas possuía um defeito.
Era avarenta, negava se a abrir mão de seu coração.
E de sua beleza única
Perdia se por horas a se namorar no espelho.
Homens a mil faziam fila em sua janela, com o intuito de lhe seduzir.
Mas, Maria insistia em não abrir mão de sua avareza sobre seu coração e sua beleza.
Alguns traziam dotes fartos.
Outros faziam serenatas, e alguns recitavam lhe lindas poesias.
Mas, Maria não aceitava ninguém.
Era avarenta e não dividia sua beleza com ninguém.
O tempo passou, Maria foi amadurecendo.
A avareza contida em sua alma, não lhe permitia a vaidade original.
Com isso os dias passaram, e Maria a cada dia mais avarenta.
Não percebeu a velhice chegar.
Morreu de fome, pois, não conseguia sair da frente do espelho.
Vivia a se namorar.
Morreu feia, Nem os vermes se interessaram pelas carnes putrefatas de seu corpo esquelético.
Maria morreu de avareza, em não permitir dividir seu amor com o próximo.
Maria morreu envolta a avareza de não querer compartilhar sua beleza com o mundo.
Morreu de avareza, por se negar ao amor.