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Paulo Lebiedziejewski

A política das frases:
Na época que antecede as eleições, algumas pessoas pensam estar numa guerra à moda dos filmes americanos, que eleva os homens de valor e seleciona os bravos e destemidos.
Sempre são pessoas que se engajam na disputa (como funcionários descartáveis, colaboradores ou fracos idealistas) e confundem campanha eleitoral com política.
Marquês de Maricá disse em 1812:
"Nas revoluções políticas os povos ordinariamente mudam de senhores sem mudarem de condição."
E estes chatos que tanto incomodam nas redes sociais e na mídia, sem ter sequer uma causa própria, esquecem que "Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos.", nas palavras de Friedrich Nietzsche.
Deveriam saber que quando Aristóteles afirmou que o ser humano é um animal político, não era a esta atividade de fuxico que se referia.
Pois estas pessoas estão por demais inseridas na nossa podre estrutura partidária, onde:
"Partido político é um agrupamento de cidadãos para defesa abstrata de princípios e elevação concreta de alguns cidadãos.", na concepção de Carlos Drummond de Andrade.
A política aristotélica é aquela que humildemente pregavam Madre Teresa de Calcutá e Zilda Arns, que, não se enganem, não faziam caridade, mas defendiam liberdade e um Estado mais humano e lutavam contra a máxima de Voltaire:
"Encontrou se, em boa política, o segredo de fazer morrer de fome aqueles que, cultivando a terra, fazem viver os outros."
Ao que parece, estes que confundem política com campanha são os mesmos que desacreditam a educação e a filosofia, que a eles não ensina a pensar.
Bertold Brecht, educador de verdade (daqueles que morrem pobres), sempre teve opiniões políticas difíceis de engolir, reclamava por mudanças e nos deixou esta última lição:
"( ) não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural e nada deve parecer impossível de mudar.".