p.a.marangoni

Aos homens medíocres, aos minerais, vegetais e animais, resta uma benesse transitória, dissolver se, não pensar.
Uma pedra é triste Uma pedra tem decepções Mas transitória é esta felicidade, pois o ciclo da matéria é continuo e somente quando a última partícula surgida no Universo tornada Deus conseguir se extinguir, retornar ao Nada, a angústia terminará.

O acaso criou o Universo, seu surgimento foi um incidente; a vida não é uma benesse, é um fardo pesado que carregaremos ao infinito em busca de um só objetivo, incompreendido pelos homens mas que é a meta dos deuses, dos seres mais avançados: o não ser, conseguir todo saber e poder com o fito de dissolver se.
Não é a expansão contínua do Universo um caminho inverso ao de sua formação, a aglutinação de partículas Logo, o caminho, o destino, é retornar à dissolução completa, o Nada.

Tudo o que aqui acontece é obra do acaso, do comportamento do planeta ou por ação dos homens e animais.
Nunca existiu a mão divina em nada de bom, nem a influência demoníaca em qualquer catástrofe.

Um ser humano com o intelecto superior poderá conseguir se comunicar ou se expandir com a força de sua mente científica melhor que um milhão de ignorantes rezando individualmente à Deus ou ao Diabo.

O homem não é nada programado, somos filhos do acaso e sem função como qualquer pedra, que por evolução acabamos possuindo um emissor de energia que ainda não sabemos controlar e que poderá nos conduzir para a vida fora da massa vulnerável do corpo ou transformá lo por expansão das partículas em um veículo mais apropriado e eficaz.
Podemos ser Deus também

Você pode ser o único indivíduo do Universo, um Deus louco dominado pelos seus pensamentos desordenados Tudo que o cerca pode ser produto de seu cérebro borbulhante.

Criamos um Deus e a Eternidade para acreditarmos
no Sempre e rejeitarmos a nós próprios.
De costas ao espelho do real.
O silêncio é a única música e os pensamentos a letra
compostos e regidos instantaneamente na Sinfonia Vida.
Só assim se é realidade.
Sem melodias que embalem;
sem drogas que entorpeçam;
sem trabalhos que distraiam;
sem doutrinas que confortem.
Basta apenas uma coragem sempre maior àquela que a natureza nos concedeu.
Queremos o Sempre e perdemos o Agora.

Toda existência, trabalho, prazer, são inúteis porque são imediatamente engolfados pelo tempo que acompanha qualquer presença.

O homem caminha para a extinção física, acelerado pelo aprimoramento da medicina, que vai contra a seleção natural que permitia que só os mais fortes sobrevivessem e o resultado é a crescente debilidade dos novos habitantes da Terra.