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nayrup

* Hoje vou ficar em evidência, como acontece em todo aniversário.
Vou aproveitar este momento de exposição demasiada para me expor mais ainda.
Os fragmentos abaixo, pela primeira vez, são totalmente autobiográficos.
Qualquer semelhança não é mera coincidência.
*Quero que lembrem de mim pela ausência de grandes feitos.
Ser como um saco plástico de supermercado que voou para nenhuma platéia.
Eu o notei, e isso bastou.
Que esqueçam minha fisionomia e o meu nome.
Eu não sou concreta.
Quero ser o vento que bate as portas e some antes de assumir a culpa, deixando apenas dúvidas.
Isso é a coisa mais importante que eu poderia dizer sobre mim.
Para todos que tentaram me entender.
Para os meus ex analistas, que eram pagos para tentar me entender.
Para os (coitados) que convivem (obrigatoriamente ou não) comigo.
Eu quero ser o saco plástico dançando a melodia do vento que vinha do recôncavo.
Nada mais.
*Minha existência se resume, desde que nasci em 24 de agosto de 1988, em um ciclo constante de mortes e renascimentos.
Já perdi a conta de quantas vezes (principalmente nos últimos quatro anos) eu morri e renasci, fênix.
E eu acho isso muito normal.
Anormal, para mim, é tentar contar quantos anos eu tenho.
*Não sei se acredito em coincidências e destino.
Sei que tudo na vida está relacionado de uma maneira tão cheia de pequenos detalhes e minúcias que é difícil não acreditar em energias que regem o universo.
E ai,eu fui uma boa atriz de improviso!!