Quando ele está junto à flor parece lhe ouvir a voz dela sussurrando lhe doces palavras de paixão.
E dizendo que tudo na vida pode ser reciclado.
Inclusive o amor.UOL
Ao entrar na faculdade, os futuros médicos passam por dois rituais de iniciação.
Um é a recepção aos calouros sob forma de trote, um costume que no passado chegou a provocar revolta.
O outro ritual de iniciação é representado pelo cadáver.
“Claro que há uma química da paixão, representada pelos hormônios.
Mas a verdade é que o amor continua sendo um mistério não decifrado pela medicina.
E é bom que seja assim.
Sem o mistério do amor, a vida não teria graça.”
Claro que há uma química da paixão, representada pelos hormônios.
Mas a verdade é que o amor continua sendo um mistério não decifrado pela medicina.
E é bom que seja assim.
Sem o mistério do amor, a vida não teria graça.
Além do território da emoção humana, médicos e escritores também compartilham um instrumento comum: a palavra.
É claro que nos dois casos a atitude é diferente.
O médico avalia a emoção, o escritor utiliza a como matéria prima.
Esquecimento é quando a gente não sabe onde deixou a chave do carro.
Alzheimer é quando a gente encontra a chave, mas não sabe para que serve.
A ideia de que a felicidade possa ser genética representa apenas o mais recente episódio na agitada trajetória de uma ciência que, desde o seu início, teve forte conotação política.
O médico vê na palavra um recurso terapêutico, o escritor parte dela para a criação artística.
Há momentos, porém, em que literatura e medicina se superpõem.
Escritores escrevem sobre doença.
Médicos procuram dar uma forma literária a seu trabalho.
Jesus era revolucionário.
O Antigo Testamento fala muito sobre o corpo e suas doenças, mas detém se sobretudo nas medidas sanitárias.
Em resumo: o Antigo Testamento é o domínio da saúde pública; o Novo Testamento introduz a medicina curativa, individual.
Aqui no Brasil spa tornou se sinônimo de clínica do emagrecimento.
E as primeiras que surgiram executavam um programa linha dura, que baixava o peso, mas também gerava situações estranhas, hoje parte do folclore.
Na Idade Média, uma das substâncias mais usadas nos feitiços do amor era a mandrágora, que em inglês se chama mandrake daí vem o nome do antigo personagem da história em quadrinhos, um elegante mágico que subjugava os inimigos com seus incríveis truques.
Sim, o amor é belo, o amor é sublime mas como se faz para despertar amor em alguém que não nos ama Esta é uma questão que atormenta há milênios aqueles que são vítimas da paixão não correspondida.