O horror ao trabalho dá trabalhos sem conta.
O amor não se confunde com a vida, não é amor verdadeiro; o verdadeiro amor é hábito.
O belo é o supérfluo, o que não tem o seu fim em si, a flor da vida.
Se amo alguns livros são aqueles em que sinto que o seu autor, que pode ter morrido séculos antes de eu ter sido engendrado, se dirigia a mim, a mim pessoal e concretamente, a mim em confidência.
A verdadeira ciência ensina sobretudo a duvidar e a ser ignorante.
Nós só vivemos contradições e para as contradições; a vida é tragédia e luta perpétua sem vitória e sem esperança de vitória; ela é contradição.
A mulher veste se para as demais mulheres, e não para os homens, nem sequer para aquele a quem mais quer.
O amor é filho da ilusão e pai da desilusão.
O amor pode viver de recordações; o ódio requer realidades presentes.
Entre as graças que devemos à bondade de Deus, uma das maiores é a música.A música é tal qual como a recebemos: numa alma pura, qualquer música suscita sentimentos de pureza.
É preciso esquecer para viver; a vida é esquecimento; cumpre abrir espaço para o que está por vir.
Quase todos os homens vivem inconscientemente no tédio.O tédio é o fundo da vida, foi o tédio que inventou os jogos, as distrações, os romances e o amor.
A dor é a substância da vida e a raiz da personalidade, pois somente sofrendo se é uma pessoa.
Ler, ler, ler, viver a vida que outros sonharam.
Por cultura entendo a mais intensa vida interior, a de mais batalha, a de mais inquietação, a de mais ânsia.
