Culpa
Cheguei cansada.
Colhi as flores
Murchas, coitadas,
Descoloridas, empoeiradas,
Pareciam mortas
Reguei as flores,
Como sangue em carne viva,
Dilaceradas, de pétalas escorridas
No ralo da pia.
Não ressuscitaram.
Agora vão me culpar por todas as queimadas da vida.