Saudades
Saudades não tem espaço
Mas ocupa
Saudades não tem corpo
Não tem pernas
Não tem braços
Mas se enrosca
Abraça e envolve
E só podemos ser embalados
Enquanto o tempo passa
O recém nascido pararia de mamar, cresceria, se tornaria o filho mais novo (mas não tão novo), passaria pedindo moedas, cantaria e bateria os pés, tocaria chocalho e depois violão Pena, a parede do banco continua sendo o abismo entre o chão de granito e a calçada.
Mais fácil Papai Noel, aqui
Descer pela churrasqueira
Ser puxado por araras,
Ou ir voando de 14 bis,
E usar calções floridos
de verão.
E no fim, seja feliz, porque ser feliz é simples, você descobre a receita em qualquer banca de revistas.