Martin Heidegger

Nunca chegamos aos pensamentos.
São eles que vêm.

A angústia é a disposição fundamental que nos coloca perante o nada.

Entre o pensamento e a poesia há um parentesco porque ambos usam o serviço da linguagem e progridem com ela.
Contudo, entre os dois persiste ao mesmo tempo um abismo profundo, pois moram em cumes separados.

Angústia é a consciência da morte como horizonte da vida.

Só há mundo onde há linguagem.

Todo homem nasce como muitos homens e morre de forma única.

Muito cedo a televisão, para exercer sua influência soberana, percorrerá em todos os sentidos toda a maquinaria e todo o alvoroço das relações humanas.

Somente um Deus nos poderá salvar!
[Nur noch ein Gott kann uns retten].

O homem age como se fosse o senhor e mestre da linguagem, enquanto que na verdade a linguagem permanece mestra do homem.

O Simples guarda o enígma do que é grande e permanece.

A filosofia implica uma mobilidade livre no pensamento; é um ato criador que dissolve ideologias.

O que é mais instigante nestes tempos instigantes é que ainda não estamos pensando.

Precisamos pensar no fato de que ainda não começamos a pensar.

Morrer não é um acontecimento; é um fenômeno a ser compreendido existencialmente.

A poesia é a fundação do ser pela palavra.