O homem de palavra é aquele que menos fala.
O homem que cala e ouve não dissipa o que sabe, e aprende o que ignora.
Em tese geral não há homem feliz sem mérito, nem desgraçado sem culpa.
Nenhum homem é tão bom como o seu partido o apregoa, nem tão mau como o contrário o representa.
É fácil avaliar o juízo ou a capacidade de qualquer homem, quando se sabe o que ele mais ambiciona.
O homem que não é indulgente com os outros, ainda não se conhece a si próprio.
Um homem pode saber mais do que muitos, porém nunca tanto como todos.
Há empregos em que é mais fácil ser homem de bem, que parecê lo ou fazê lo crer.
Não há homem que não deseje ser absoluto, aborrecendo cordialmente o absolutismo em todos os outros.
O homem que frequentes vezes se inculca por honrado e probo, dá justos motivos de suspeitar se que não é tal ou tanto como se recomenda.
Formam se mais tempestades em nós mesmos que no ar, na terra e nos mares.
Os homens de bem perdem e empobrecem nos mesmos empregos em que os velhacos ganham e se enriquecem.
Há muita gente que procura apadrinhar com a opinião pública as suas opiniões e disparates pessoais.
O prazer que mais deleita é o que provém da satisfação de uma necessidade mais incómoda e urgente.
Ter privança com os que governam é contrair responsabilidade no mal que fazem, sem partilhar o louvor do bem que operam.