A falsa ciência não aumenta o nosso saber, agrava a nossa ignorância.
A ignorância pasma ou espanta se, mas não admira.
A experiência que não dói pouco aproveita.
O homem de juízo aproveita, o tolo desaproveita a experiência própria.
Aproveita muito subir aos maiores empregos do Estado, para nos desenganarmos da sua vanglória e inanidade.
O mundo intelectual deleita a poucos, o material agrada a todos.
O estudo confere ciência, mas a meditação, originalidade.
O medo é a arma dos fracos, como a bravura a dos fortes.
Os governos fracos fazem fortes os ambiciosos e insurgentes.
Ninguém se conhece tão bem como aquele que mais desconfia de si próprio.
A opinião da nossa importância nos é tão funesta como vantajosa e segura a desconfiança de nós mesmos.
Os velhacos têm por admiradores todos os tolos, cujo número é infinito.
Não é raro aborrecermos aquelas mesmas pessoas que mais admiramos.
É necessário saber muito para poder admirar muito.
Ambos se enganam, o velho quando louva somente o passado, o moço quando só admira o presente.