Tenho medo de gostar demais do frio.
Sabe quando se sabe que no fundo, bem no fundo, há um vácuo de razões, tão vasto, que a gente mal consegue olhar No fundo de nós há sempre um precipício, e talvez eu esteja lá, deitada, olhando estrelas como sempre faço.
As ondas do tempo trouxeram teus barcos de volta para mim
como se as marés fossem fiéis ao nosso amor.
O mar que banha nossos sonhos, que flutua nossas vidas,
aprendeu a afogar a nossa dor.
Acho intrigante toda essa comida na mesa ainda, estas moscas por cima.
Irrita me tudo que me cerca, que me prende, que me vigia.
Mas saiba, Deus, não espero que me nasçam asas porque, de qualquer forma, eu jamais conseguiria voar.
Você sabe Meus sonhos ainda me pesam.