"Os conhecimentos ocultos pertencem a Yahweh nosso Deus: o saber revelado, entretanto, pertence a nós e aos nossos filhos para sempre, a fim de que vivenciemos na prática todas as Palavras desta Torá, Lei! "
(Deuteronômio, 29:29)
O ser humano não precisa de todas as respostas divinas, nós também não suportaríamos se nos fosse possível acessá las:
[ ] "Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.
João 16:12."
Quem muito questiona, muito racionaliza, talvez pouco se sinta, pouco se experimente.
Saber sobre Deus não nos faz completos e nem abarca Sua completude, ao contrário, Ele nos conclama para nos tornarmos com Ele:
"Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
João 17:21."
É claro, pensar sobre Deus anda de mãos dadas com O experimentar, porém, quem experimenta, pouco pergunta, contempla! Quem O experimenta tem respostas existenciais saciadas, posto que a comunicação se dá de essência divina para essência humana.
Qual é, portanto, a essência divina O apóstolo João responde:
"Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.
1 João 4:8."
A linguagem de comunicação do divino conosco é pela via essencial, e é por esta mesma via que devemos exalar ao outro aquilo que experimentamos dEle.
Ora, isso também é racional, posto que a revelação e comunicação dos atributos divinos ao homem tem uma finalidade: Cumprir!
" para que cumpramos todas as palavras desta lei.
Deuteronômio 29:29b."
Mas, cumprir onde Em quem No outro! pois sem amor nada se aproveita.
Amor não é sentimento, é ação.
Por isso Paulo afirma que a ação de se fazer coisas sem a essência divina (1 cor.
13), nada vale, é uma obra que já nasce morta.
Nós nos tornamos naquilo que adoramos como afirma o salmista:
A eles (aos ídolos) se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos os que neles confiam.
Salmos 115:8,
logo, se o amor é essência divina e não a praticamos, não há um Deus em nós.
Por outro lado, se transformamos nossa teologia em sistematização dogmática, imutável, incomunicável e insubordinada à necessidade humana do preenchimento do seu vazio com o amor de Deus, a teologia se torna nosso ídolo e ser humano o diabo a quem acusamos.