Os acontecimentos humanos dependem de circunstâncias fortuitas e indiferentes.
Chame a isto acaso ou providência : nem por isso deixa a coisa de existir”.
A natureza tem suas leis imperiosas; e o homem, ser complexo, vive não só do que ama,mas também (força é dizê lo) do que come.
Um leitor perspicaz, como eu suponho que há de ser o leitor deste livro, dispensa que eu lhe conte os muitos planos que ele teceu, diversos e contraditórios, como é de razão em análogas situações.
A natureza incumbira se de completar a obra, melhor diremos, começá la.
Ninguém adivinharia nas maneiras finamente elegantes daquela moça, a origem mediana que ela tivera; a borboleta fazia esquecer a crisálida.
Os cabelos, cor de prata fosca, emolduravam lhe o rosto sereno, algum tanto arrugado, não por desgostos, que os não tivera, mas pelos anos.
Os olhos luziam de muita vida, e eram a parte mais juvenil do rosto.
Obsequiava sem zelo, mas com eficácia, e tinha a particularidade de esquecer o benefício, antes que o beneficiado o esquecesse.
A narrativa da pequena era como costumam ser as da idade infantil: desigual e truncada, mas cheia de um colorido seu.