Só se acusa no outro o que já existe em nós.
Os que não
o trazem em si mesmos confiam até prova em contrário.
A diferença do convívio harmonioso em que acredito para essa utopia de que me acusam os envolvidos nas disputas é que, apesar da supremacia que eles arrogam para si, o mundo continuará evoluindo até chegar lá.
Idosos do meu país, vocês não se tornam velhos quando passam dos sessenta, mas quando deixam de participar do que acontece em volta, não opinam sobre nada em nome da “paz” e de atores se tornam platéia e dessas que não aplaudem nem vaiam pelo medo do ridículo.
Em meio às milhares de respostas e interpretações de toda ordem eu me descubro cada vez mais mergulhado em perguntas, diante da consciência de que nada é mais ilusório do que acreditar que compreendemos todas as facetas da realidade que nos rodeia.
Praticar o bem não é uma ação episódica a ser planejada para um momento futuro, mas uma postura permanente a nortear a condução do ser social.
Toda escolha implica numa renúncia, como na bifurcação em que o caminho escolhido nos cobra abandonar o outro.
Escolher a paz, por exemplo, pode exigir abrir se mão de coisas importantes, mas que se fizeram menores ao se mostrarem incompatíveis com ela.
Na juventude, é quando se desfruta do encontrado no pomar.
A maturidade é o tempo de plantar.
A velhice é o tempo de colher.