O carreiro segui, aqui eu vou permanecer
lamuriando a solidão na saudade sediada
na alma, qual carro de bois, no seu gemer
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
UM ANO SE PASSOU, naquela madrugada, o seu silêncio escreveu saudades e com ele sua morte trazia
Acordaste do sonho da vida, e tuas lembranças nós acolhia.
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Saudade, essa palavra
que arde e da falta provenha
que não tem quem explique
e ninguém que um dia não tenha
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Quando a saudade aparece
O tempo no tempo regressa
A dor no peito feri em prece
Misericórdia, vira promessa
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
a saudade trova
sua lástima vem de dentro para fora
rimando as tramas ilusórias da solidão
em versos de dor e lágrimas da emoção
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
A cada uma das lágrimas vertidas
De chegadas, partidas e ou feridas
A cada olhar nas saudades perdidas
Deixo um pedaço de mim
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
a saudade não nos engana
sua chegada
faminta e soberana
só trás dores gigantes
no vinho carraspana
amantes mais que antes
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Lágrima vertida
versejava,
quando uma lágrima caiu
na poesia que eu forjava
o meu poetar quem sentiu
e viu,
que era o amor que chorava
de uma saudade que partiu
Maio, 08, 2016
Cerrado goiano
Tudo tão longe, tão grande, tão emudecido
aqui neste gemido em sofrido alarido
Me ponho ao vento por ti clamar:
como é bom poder te amar!
Tudo longe, tudo vazio, tudo sem encanto
do teu canto, teu olhar, no peito no entanto
que se põe a suspirar as tuas lembranças!