Quem de nós não teve aquela época na vida, em que um buraco negro se abre e suga toda a nossa sensação de bem estar São aborrecimentos, problemas, desavenças, términos, enfim, tudo que é difícil lidar, resolver, administrar, de uma só vez.
É como estar num fogo cruzado e só nos resta, tentar achar uma saída, mesmo sem nenhuma condição psicológica para tal
De qualquer maneira todos nós passamos por essas fases ruins e é sobre elas que quero comentar.
De como nos sentimos abandonados nessas fases.
O que percebo é um mundo tão preocupado em esconder suas mazelas, demonstrando uma alegria contagiante e permanente.
Essa farsa toma tanto tempo e energia da vida das pessoas, que ninguém simplesmente tem paciência quando percebe que alguém não está muito bem.
A infelicidade alheia é um espelho do lixo que está embaixo do tapete de cada um de nós.
E rapidamente nos afastamos, com medo de sermos contagiados com aquele clima pesado e não conseguirmos mais demonstrar que somos muito felizes.
Tudo que a gente precisa quando está triste, preocupada, chateada, é tão pouco! É um colo, um "eu entendo", um abraço.
Não precisamos de soluções, porque essas só nós mesmos podemos encontrar, precisamos de um ombro e é tudo o que menos percebemos e recebemos, porque não se pode ser triste, não se pode ser infeliz, precisamos continuar fingindo que estamos bem, mesmo estando destroçados por dentro.