Não somos malucos.
Somos humanos.
Queremos amar e alguém tem de nos perdoar pelas escolhas que tomamos para amar, porque os caminhos são muitos e negros, e somos ardentes e cruéis durante a nossa viagem.
A neve cai.
Há uma mulher nua no meu quarto.
Os olhos pousados na carpete cor de vinho.
Tem dezoito anos.
E os seus cabelos são lisos.
Não fala o idioma de Montreal.
Não se quer sentar.
Não parece ter a pele arrepiada.
Ficamos os dois a ouvir a tempestade.
Quando te ouço cantar Salomão garganta animal, olhos cintilantes de sexo e sabedoria.
Dói me a mão de tingir com sangue as portas do meu lar Salomão.
Sinto me muito só para entoar uma canção que seja a Deus pois pensei que a meu lado não havia ninguém Salomão.
Sempre que me dão atenção, fico agradecido.
Nunca acredito quando dizem que me querem prestar homenagem.
Se as pessoas precisam de regras, é porque a visão que têm do mundo é feita com base em ignorância sobre eles próprios.
É muito mais importante ultrapassar isso do que esperar que um conjunto de morais pré embaladas nos ajude.
Quase me deitei sem me recordar das quatro violetas brancas que coloquei num casaco teu Jersey verde.
E o modo como te beijei e me beijaste então tímida como se eu não fora teu amante.