A ausência intensificada, um telefonema frustrado, e tudo o que me resta é o frio que me sobe a boca Desejando apenas ser coberta por outros lábios que ganharam nome de: Seus.
Sua boca pintará a despedida
A partida é feita de batom
O caminho carimbado com pegadas de semi neve
A próxima estação é a parada que eu não lembro o nome
Se tratando de aborto, o assunto não é subjetivo e não digo isso pela aquela velha história de “vida interrompida, é assassinato e ninguém pode contestar”, digo por envolver questões políticas, éticas, morais e principalmente teológicas.
Eu bebi, traguei um gole de cerveja amarga pensando no bom vinho ainda gelando A minha loucura se empalideceu na alcatéia dos alucinados, dos boêmios freqüentadores de bancos vazios e gramas em que canções solidificaram um sorriso salgado.
Livre de tentações, vivo a margem do meu próprio ego.
Sobrevivo a cada momento sem nunca pertencer a nenhum.
Não adianta se negar, negar seus instintos.
Ser inferior é abdicar de quem você é pra refletir em quem você nunca será.
Arrume outras meias, retoque mais uma vez seu batom.
Bobagens São lembranças que pesarão no bolso de dentro do agasalho marrom.