A gente, filhos de mãe solteira, aprende desde cedo a procurar o caminho mais curto para voltar para casa, nos permitimos a estipular as nossas próprias regras, nos tornamos os nossos protetores e, com o aprendizado da realidade, tentamos espelhar essa proteção para quem escolheu permanecer ao nosso lado, seja mãe, vó ou qualquer representante afetivo.
A gente precisa amadurecer mais rápido, porque não poderíamos ter medo de bicho papão, escuro ou trovões já que a única pessoa que tecemos confiança estava trabalhando para garantir a sobrevivência do filho que se tornou responsável.
A gente é condicionado a fazer todas as coisas sozinho, o gosto da rejeição se desenvolve no nosso primeiro trauma e mesmo sem entender os motivos do fracasso conjugal, nos sentíamos profundamente incompletos.
A gente se desequilibra, a gente cai, mas a gente não se quebra.