Tinha uma casa.
A casa mais linda que podia existir.
Podia se ver muito de fora para dentro, mas nem tudo se revelava.
Tinha algo naquela casa que impelia a entrar.
Talvez fosse a eminente paz que se via emanar do seu interior alcançando a distância de um pé a sua porta.
As pessoas, ali dentro tão feliz! Sim lá dentro tinha algo que não era para muitos, mas muitos queriam está lá.
A casa era um deleite de poucos.
Clara a casa.
Forte a casa.
Era com certeza um lar.
Era um lar, no passado foi! Alguém resolveu entrar.
Queria a casa para ele.
Então, uma vez lá dentro achou melhor mudar o sofá.
Não gostou da cor e também mudou.
Daí tirou os vasos, e com os vasos as flores.
Resolveu mudar a música, não era samba de viola, mas era algo americano e repetitivo e daí se ninguém dança É moda americana! Quem não gostar vá dançar um funk brasileiro! Nada estava bom, nunca satisfeito mudou, mudou e mudou novamente.
De fora não se podia ver mais nada.
E a casa que era sonho de morada, não era mais um lar.
Não era mais nada.
Só um monte de confusão.
Coitado desse homem que quis tanto entrar! Entrou e não soube morar.
Hey, man! Não era a casa, era a essência de saber morar!