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Karina Perussi

Momentos
Bons momentos são raros, talvez por isso que os poucos tornam se tão especiais dentro da gente.
Momentos simples como sentir o vento, tomar chuva, olhar para o infinito, estar com alguém legal sem nenhum tipo de interesse a mais, a não ser pela simples e agradável companhia
Momentos em que as palavras se tornam desnecessárias, porque acabam com a magia do silêncio.
Não é preciso ouvir quando se pode sentir com o coração.
E é o “sentir” que os tornam vivos pela eternidade.
Nós não conhecemos o verdadeiro valor desses momentos até que eles se submetam ao teste da memória, e se eles permanecem, certamente é porque foram especiais.
E como dizem, não é o tempo que eles duraram, mas a intensidade de como aconteceram.
Não é preciso “tocar”, nem beijar, nem fazer promessas.
Os olhares dizem muito mais e nos levam para uma viagem dentro de nossa própria alma.
Talvez, qualquer interesse carnal destruiria a magia, a ternura desses momentos que ficam para sempre.
O “nada” as vezes diz muito.
Ganhar uma flor, apanhada de uma árvore na calçada enquanto a maioria das pessoas estão correndo contra o tempo, pode ser insignificante para muitos.
Não para mim, que sinto nesse hora o mundo parar de girar.
É preciso curtir o momento, aproveitar o pouco tempo, pois as vezes tudo acontece tão rápido e de forma tão inesperada.
E é bom voce se conformar porque voce aproveitando ou não, ele nunca mais vai se repetir.
Carpe Diem!

Nostalgia Saudade Conformada
As pessoas sempre confundem os sentimentos de nostalgia e saudade, pensam que é a mesma coisa.
Não é.
Nostalgia dói mais que saudade, mais que bater com a porta nos dedos, mais que cólica de rim.
Nostalgia é como o fim do dia: a única saída é se conformar, já foi.
Saudade a gente aguenta, inquietamente, e logo a gente cura.
Saudade a gente sente quando entra em um ônibus para ir embora, saudade da pessoa amada que fica, mas sabe que vai voltar a vê la.
Nostalgia é quando após alguns anos, você se lembra desse momento, que às vezes até se repete, mas não é a mesma coisa
Saudade é quando o ser amado foi embora, mas o amor ainda ficou.
Nostalgia é quando o amor também se foi
Saudade a gente sente quando deixa os pais em casa e vai morar sozinho, em qualquer canto desse mundo.
Nostalgia é quando a gente lembra de quando eles jogavam bola ou brincavam de boneca com a gente
A gente sente saudade da vovó, que mora longe e cada vez que a visitamos ela aparece com um monte de comidas gostosas.
Nostalgia é quando já não se tem a vovó, mas ainda sentimos o gostinho das guloseimas que ela fazia
Saudade a gente tem de um amigo que se mudou para outra cidade ou país.
Nostalgia é o que sentimos ao lembrar das brincadeiras de quando éramos crianças, e saber que agora quem brincam são seus filhos
A gente sente saudade da nossa casa quando viaja e fica um tempo fora.
E nostalgia quando a gente lembra de tudo o que viveu ali, na casa agora abandonada
Saudade a gente pode ter de um brinquedo, de andar de bicicleta.
Nostalgia é o que sentimos quando nos lembramos de como era simples e feliz nossa infância
Temos saudade de sentar na varanda à tarde com nosso avô e ficar jogando conversa fora.
E nostalgia quando o avô se vai, anoitece, e esse momento não se repete mais.
Sentimos saudade dos nossos cachorros quando passamos um fim de semana fora.
Nostalgia, quando lembramos deles pulando na gente, mas só vemos a casinha que está vazia.
Saudade é um sentimento urgente, nostalgia não tem solução: a gente só se conforma.
Saudade é a ausência provisória de alguém, nostalgia é a ausência eterna de um momento.
“Saudade é um pouco como fome.
Só passa quando se come a presença” – dizia Lispector.
Então, nostalgia é quando toda a comida cessou

Por mais difícil que pareça, é preciso aceitar as coisas como elas são.
Esquecer é uma necessidade.
A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito.
Amor não se implora, não se pede, não se espera
As pessoas mudam.
E nem sempre é a mudança que esperamos delas
Acreditar ou não, é uma escolha sua
Falar dos erros dos outros é fácil, difícil é olhar pra dentro e perceber que voce tbm erra.
Não se deve esperar muito das pessoas.
Elas não são perfeitas.
Todos querem ser donos da verdade, e com isso, acabam esquecendo o que é certo ou errado.
Fazer com que outras pessoas se sintam culpadas é fácil.
Difícil é admitir que quando algo não dá certo, a culpa é de todos os envolvidos.
Desaforos e orgulho só provam que vc é imaturo.
E intolerante.
As pessoas não aprendem todas as liçoes da vida em duas semanas, é inútil exigir isso delas.
Algumas, aprendem após os 40 anos, embora eu não espere ser uma dessas pessoas.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Jogar na cara fatos passados em qualquer discussão, só abre lugar a outra discussão.
Cobrar demais, fazer de menos, não é um ato bem pensado.
Pessoas tem direitos iguais.
É ofensivo tentar forçar alguma coisa ou alguém que ainda não está preparado.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo.
Tolo é quem mente.
E uma mentira pode estragar toda uma vida.
Se uma pessoa não confia em voce, não significa que ela nunca tenha confiado.
Analise suas ações passadas antes de julgá la completamente errada.
Não existe nem sorte, nem azar, tudo são consequencias.
Não precisamos do sofrimento, quando temos a compreensão e o entendimento.
Se voce duvida que algo pode dar certo, certamente voce já fez com que ele desse errado.
Vivendo e aprendendo

[Des]amor moderno
Vejo que as pessoas já estão percebendo que o velho amor está com a data de validade quase vencida.
Os casais cada vez mais pensam no “eu” e se esquecem do “nós”.
Cobram por amor “full time”, mas não estão dispostos a doar se inteiramente por esse mesmo amor que esperam.
Querem o “feedback” da atenção que não dão.
Companheirismo, paciência e tolerância com os defeitos do parceiro não têm mais espaço.
Cederam seus lugares ao desejo de um “amor mercadológico” e instantâneo: tenho tudo o que quero, experimento, uso, jogo fora ou troco por um modelo melhor na hora que eu quiser.
“Delivery” de amor, 24 horas.
Os relacionamentos seguem o rumo do “fast food”.
Traduzo ao pé da letra: comida rápida.
Muitas vezes cobram a lealdade do parceiro, mas não querem prender se a uma única pessoa, já que há tanta oferta barata por aí.
E tão barata e fácil, que aquele belo “amor à primeira vista” já deu lugar ao “amor à prazo”.
Sim, e o prazo é curtíssimo: é quase um amor descartável, encontrado aos montes por “research” nas redes sociais.
Ganha quem conseguir o maior “time per person”, não necessariamente nessa ordem.
Por fim, a maioria quer tornar se um “freelancer” no quesito amor.
A casa vira uma empresa, o casamento um “bem de consumo”.
E dependendo da sua sorte você fica com os bens.
Vocês já devem saber: até uma lei que facilita o divórcio foi criada há pouco tempo.
Eles também devem estar prevendo que amor se tornará uma “instituição falida”, então preferem facilitar.
Alias, alguém falou de amor Até quando essa palavra fará sentido Em breve, uma nova reforma ortográfica vai eliminar de vez esse vocábulo de livros e dicionários.
E as declarações de amor Se já não foram extintas, serão tão raras e rápidas que vão ser dignas de “retweet”.
E é bem provável que, se algum dia, você recebeu alguns buquês de flores ou presentes, quem entregou peça um “recall”, mas sem devolução.
O único problema seria se resolvessem pedir um recall dos bombons também
A “deadline” do amor parece mesmo estar próxima.
Sei lá, quando tudo era mais simples o amor parecia mais perene.
A modernidade tem aberto um notável espaço para o desamor.
Na verdade não é culpa dela.
Acho que antes os recursos, ou melhor, as pessoas, sim, eram mais “humanas”.
Quanto a mim Sei lá, talvez meu amor até exista, não desacredito nessa hipótese.
Mas por enquanto, permaneço em modo “standy by”.