O eco da batida eletrônica emergia lembranças, o álcool feria meu orgulho, o meu corpo se rendia e ao mesmo tempo pedia pausa e eu não obedecia.
Uma dose, duas doses, três doses e o pouco tornava se tudo e o tudo tornava se pouco.
O tempo faz tudo se desgastar
O amor fica monótono, a saudade já não aperta mais,
a ansiedade torna se inconstante.
e até as palavras passam a não expressar nada
E o silêncio ajuda.
Volta e meia você some, depois aparece me dando explicações intermináveis.
Desliga o celular, fica fora de área, me bajula, me esnoba, me mima, me enche de promessas e me esvazia de esperanças.
Deleta meu eu da equação, soma meu ego e me torna base de tudo ( )
Era verdadeiro, era indelével, era recíproco, era sincero, era avassalador, era transparente, era onisciente, era forte, era tudo e também nada
Era você e mais algumas interrogações.
Um copo de álcool, um minuto de aminésia.
Uma vida intacta, uma história em fichamento.
Uma indireta, duas indiretas, uma única resposta.
Um diálogo, uma reação, um resíduo.
Um gesto, duas atitudes.
Uma conversa vaga, uma razão em óbito.
Um abraço distante, um olhar vazio, um beijo frio, um sentimento inoperante, pulsação derreada, um pensamento quase eterno, um jogo em empate
UM LABIRINTO.