Tem coisa que corre atrás de você para fazê lo lembrar da pessoa por quem você correria atrás se não houvesse a sua última, e agora única, fatia de orgulho na frente dos seus planos.
São músicas, frases, monossílabos, fonéticas.
É o vento que correu vidas atrás por esse mesmo lugar.
É o vento que, talvez, carinhosamente, o ajude a fazer a curva ao invés de seguir sozinho e sem ar na busca de uma esperança sem sentido.
Você sabe que não dá certo porque não deu, mas não se arrepende das dadas, das idas e dos dados desse jogo.
Você sente que sabe que não há volta e por isso você vai, vai, vai Até que volta.
Até que se encontra perdido no lugar errado, em uma hora nada a ver, com uma roupa estranha e a mesma pessoa.
Percebe que você quer ir embora, que você consegue ir em embora, mas o mundo não quer ver isso acontecer e o puxa O puxa de volta.
São mais músicas lançadas, mais olhares, mais situações, mais revolta com o mundo, que faz o vento, até o vento, trazê lo à porta.
A porta azul de ferro de uma história que tanto faz, que você ama, que é cheia de erros simultâneos de duas pessoas que se amam e que se atacam por puro desespero.
O desespero parte do afeto que o arranha por não poder sair, e não pode porque o coração já se machucou demais.
Há dias em que o mundo assim é completo, mas há dias em que se na saudade não é dado um basta, o mundo fica meio doido, meio engraçado, e talvez, carinhosamente, faz a gente se esbarrar.
E talvez, carinhosamente, ele nos une, porque a gente vai, vai, vai E volta.