José Geraldo da Fonseca Filho

Deus é vitamina que já está na família unida: religião por natureza.
A igreja é suplemento criado para o já afeiçoado ou remédio genérico para o desiludido, é placebo que induz o órfão desamparado a crer que achou um lar onde por fim é chamado de irmão

Como amar ao próximo como a mim mesmo se o desamor do próximo sequer supriu meu amor próprio

Quem tem baixa autoestima é poeta que só superestima suas próprias rimas quando vindas da boca de outrem

Preferível enaltecer os engenheiros do Direito a vangloriar o pragmatismo dos pedreiros da advocacia.

A frágil moral social: o tatuado de outrora é o tabagista atual.

Quando Deus fechar portas e janelas, que eu suba pela chaminé: o caminho será íngreme e estreito mas sairei por cima.

O dissimulado nos sangra e depois propala que vive a nos socorrer repondo menos do que se esvai.

A faca de dois gumes corta o fumo da gente consciente e o limão do aguardente do demente

A Esquerda agrada, abriga e sacia, mas se omite e não promove a paridade dos míopes.
A Direita fomenta e escuda a cobiça dos que se afortunaram dos óculos.

As relações sociais não são um comércio.
Não somos fornecedores que pegam estradas de mão única com a obrigação de disponibilizar os desejos uns dos outros.
Os atos e sentimentos estão em sede de cooperativismo, na reciprocidade da presteza e do afeto, numa via de mão dupla.

Amar ao próximo como a ti mesmo é só para mártir, Esquerda e Messias e demais utopias