A Lei de Moisés é um termo usado com frequência na Bíblia, em primeiro lugar por Josué (8:32).[1] O termo Lei mosaica é usado nos textos acadêmicos.
A Lei mosaica é composta por um código de leis formado por ordens e proibições.
História
Segundo as escrituras hebraicas, a Lei foi dada por Deus através do Patriarca Moisés, tendo sido os Dez Mandamentos escritos em tábuas de pedra pelo próprio dedo de Deus no monte Sinai, a tábua dos dez mandamentos.
Segundo os críticos, a Lei foi estabelecida em um período muito posterior, consolidando se e atingindo sua forma final apenas na época dos Reis hebreus.
Segundo os historiadores, a Lei Mosaica não apresenta nenhum elemento novo, sendo a maior parte de seus elementos adaptações e transcrições encontradas em documentos (códigos legislativos e morais) mais antigos como aqueles utilizados pelos egípcios (excertos do Livro Egípcio dos Mortos), hindus (Código de Manu), babilônicos (Lei de talião) e por outras civilizações do Crescente Fértil (Código de Hamurabi).
No ocidente a Lei e o nome de Moisés eram totalmente desconhecidos até o advento do Cristianismo.
O triunfo do Cristianismo no século IV D.C assegurou a popularização dos Dez Mandamentos que, ao integrarem o Catecismo Cristão, adquiriram seu caráter universal.
Conteúdo
• A Lei pode ser resumida nos Dez Mandamentos, que em língua hebraica são chamados simplesmente de "As Dez Palavras" ou "Os Dez Ditos".
Os Dez Mandamentos regulamentam a relação do ser humano com Deus e com seu próximo.
• Para fins didáticos, o Código Mosaico pode ser dividido em Leis Morais, Leis Civis e Leis Religiosas (Leis Cerimoniais).
As leis cerimoniais regulavam o ministério no santuário do Tabernáculo e, posteriormente, no Templo.
Elas tratavam também da vida e do serviço dos sacerdotes e encontram se descritas especialmente no Livro chamado Levítico.
Em conjunto, todas essas disposições escritas através de ordens e proibições formam a Lei Mosaica.
No judaísmo rabínico, além dessas 613 ordenanças da Torá escrita, há ainda as leis do Talmude, que são os registros dos preceitos religiosos e jurídicos transmitidas oralmente através da Tradição e posteriormente compilados entre os séculos III IV D.C.
Os Dez Mandamentos
“Então falou Deus todas estas palavras, dizendo:
Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
Não terás outros deuses diante de mim.
Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.
E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos.
Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
Lembra te do dia do sábado, para o santificar.
Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra.
Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.
Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.
Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.
Não matarás.
Não adulterarás.
Não furtarás.
Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo”.
(Êxodo 20:1 17)