Quem como tu já viveu;
Pela vida procurando;
E o amor não encontrou;
Envelhece como eu;
A ideia cozinhando;
Que algo ainda não chegou.
A vida é como um sonho;
Que esvoaça entre os dedos;
É um flash que passou;
Ainda ontem era o dono;
Da juventude sem medos;
E hoje tudo mudou
Há dias!!!
Eu sou um canto vazio!
Sou rouxinol resgatado!
Sem vida, cor ou entoação!
De cantar perdi o pio!
Rastejo desventurado!
Por conta de um desafio!
O de almejar tua paixão!
Amor!
Quem nesta vida não amou!
Se não viu por si chorar,
E por amor não chorou!
Não tem de se preocupar!
Se não soube o que é sonhar!
Se o cupido o não flechou!
Desta vida, nada tem pra lamentar!
Revolta!!!
Como nos dizia o nosso querido e saudoso amigo, Zeca Afonso.
"Eles comem tudo e não deixam nada! " Como ele estava enganado! Finou se sem se ter apercebido da dimensão! dos COMILÕES! que vieram depois daqueles a que se referia! Que se revezam e ainda lá se encontram!!!
Hoje sim! amanhã não;
Tudo o que te dá te tira;
Faz de ti gato e sapato;
Este "mundo" é mesmo cão;
Juventude! coisa gira;
Vais de jovem a farrapo;
Dás por ti és Ancião.
Má sorte
Nego a sorte, de não ter o que não tive;
Quanta revolta, do quanto que não vivi;
Sempre de mim, bendita dor se escondeu;
Arrasto o porte, plo chão onde não estive;
Findo da vida, porquanto não existi;
Achar tentando, o que nunca se perdeu.