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Jefferson Cavalcante

AMOR GRAMATICALMENTE INCERTO ®
Não tenho mais direito a achar nada
Tudo que penso é numa constante vaga
Achar, verbo transitivo.
Quem acha, acha alguma coisa Eu só queria achar alguém!
Por que o meu achar tonto, decerto, ousa ser intransitivo, fingir que não precisa de complemento e que nada lhe falta
O meu “achar” precisa dos advérbios de lugares que andei
Das interjeições que escutei
E das conjunções que não liguei
Já procurei outras palavras que tentem suprir a grande necessidade de um adjunto pra viver bem junto, ao adnominal eu Procurei o verbo esquecer, quem sabe o entender, tentar, viver Mas o que mais deu certo em mim foi um pronome chamado você
Você é o objeto direto que faltava em mim.
Aquele que eu chamo de possessivo: MEU, o demonstrativo: Esse, o oblíquo: convosco, consigo.
É, o mundo é mesmo estranho morro de ciúmes quando um artigo vem de metido completar você, meu substantivo concreto que me causa algo abstrato.
Você é o adjetivo em mim
Pena que tudo isso seja apenas na voz ativa, você me joga na passiva e eu fico na reflexiva, pra você eu sou um termo acessório, uma conjunção integrante uma oração subordinada substantiva condicional, pra você eu sou um ponto e vírgula, para mim você é tudo que fica dentre as aspas.
Mas, de novo você quer a metida da vírgula, ela é mais legal está em tudo, quem não gosta da vírgula ela deixa uma frase engraçada ou não Agora o ponto e vírgula quem sabe usar Ele é só uma caricatura da vírgula que está sempre limitado pelo ponto final na sua cabeça
Acho que as vezes você me conjuga errado, eu queria ser o ter
Mas você quer ter Um SER
Então prefiro SER TE para poder assim TE SER, TE TER
Para assim SERMOS E TERMOS a nossa felicidade,
Mas meu amor é algo banal
E enfim vejo que nosso destino é o ponto final.

É tão engraçado perceber a efemeridade da vida,
O tempo passa voando, hoje é o passado de amanhã e,
É o futuro de um passado que já passou.
O tempo em si, não causa dor nem tristeza,
O que ele causa são percas
Percas de dinheiro, de amores ou apenas perca de tempo.
Durante um tempo você faz milhares de coisas que ficarão sempre com você,
Ou, que serão apenas uma lembrança, numa gaveta esquecida,
E não há nada mais gostoso que lembrar dos bons momentos
Durante um tempo você constói uma família,
A cada dia bloco a bloco é posto, edificando um castelo de sentimentos.
O ruim é quando descobrimos que o tempo separa os blocos.
Na vida, você pode ter amigos de longa data ou amigos de uma semana,
O que importa é que são amigos, e cada um lhe dá o melhor,
A felicidade de estar um ao lado do outro, dividindo alegrias, tristezas, conflitos e paz
Quando vários amigos se unem, é uma alegria sem tamanho;
Se fala sobre tudo e ao mesmo tempo sobre coisa alguma, o propósito é passar o tempo;
Sabe, aquele tempo
Quando percebemos que o tempo não volta atrás, vemos o quanto deixamos de fazer;
Quantas vezes deixamos de falar sorrindo, ou sorrir em silêncio;
É o tempo realmente “Não Pára”
Exceto para aqueles que se agarram a esperança de um minuto passar devagar
Vai ser engraçado rezar, para ter de volta o tempo estático da aula de física
Para lembrar de todos fazendo nada, cada um na sua individualidade.
O difícil será perceber que o tempo passou
Que não estaremos ao alcançar rápido dos olhos
Mas, quando a saudade apertar, lembraremos que sempre terá alguém ali torcendo pela nossa felicidade, que não está no mirar dos olhos, mas nas linhas do coração
Este ano vai ser inesquecível, agradeço a todos os meus amigos por serem os blocos do meu sólido castelo.

Doces palavras em boca de fel
Viperino perfume na boca do céu
Veneno diluído em falsas bondades
Desejo reprimido em tortas verdades
Lancei ao vento a flecha flamejante
Mirei ao léu um tolo viajante
Mas, em brancos sentimentos devolveu:
Toma de volta o presente que me deu
Tão perfeito o estranho parecia
Pedra lapidada noite e dia
Modos arquitetados e respostas ensaiadas
Sorrisos fingidos e retóricas mascaradas
O perfeito errante de altos valores
Era meu revés, o maior dos meus temores
Conseguia revelar meus parcos talentos
Caçoava de meus tormentos
Resolvi eliminar o problema
Armei um pérfido esquema
De anular a vida que havia
No ser que a vida me repudia
Esperei na estrada o momento perfeito
Enclausurei me e esperei o efeito
Porém, efeito não chegava
Por onde o viajante andava
Passaram se tempos aos montes
A vida me escorria como uma fonte
Mas, a inveja ali me segurava
Matá lo era ao que me dedicava
Mas, o infeliz nem por ali passou
Quando olhava era dia
Em outra olhada o dia acabou
Da macieira eu comia
Pro corpo que ainda restou
O desejo de vingança me atormentava
Persistia enquanto o corpo não enterrava
Resolvi descer da árvore e vi tudo diferente
As casas, a vida, a cara daquela gente
Na certeza de não mais ver o viajante
Quase morro com uma visão errante
Ali na minha frente o infeliz jazia
O que aquele corpo de pedra ali fazia
Perguntei a um moço ali perto
“Ele é a fonte do nosso deserto”
Na cidade tudo em torno dele girava
O motivo pelo qual na estrada não passava
Aquele covarde me deixou esperando
A hora do encontro eu sempre marcando
E enquanto na árvore eu esperava
Mais o infeliz prosperava
E quanto mais sucesso ele fazia
Mais minha vida se esvaía
Por que eliminá lo tentei
E melhorar não procurei
Nada agora faz sentido
O futuro está distorcido
A minha vingança me cegou
No poço que minha inveja me afundou
Eu sequei, a árvore secou
O homem não passou
E eu ali fiquei
O tempo também passou
E eu não aproveitei
“Foi se gastando a esperança,
Fui entendendo os enganos
Do mal ficaram meus danos
E do bem só a lembrança”