A ideia que jamais deixei de desenvolver é que ao fim das contas cada um é sempre respon sável por aquilo que foi feito de si; mesmo se ele não puder fazer mais que assumir essa
responsabilidade.
Por mim, creio que estamos mortos há muito tempo: morremos no exato momento em que deixamos de ser úteis.
Quando sou visto, tenho, de repente, consciência de mim enquanto escapo a mim mesmo, não enquanto sou o fundamento de meu próprio nada, mas enquanto tenho o meu fundamento fora de mim.
Só sou para mim como pura devolução ao outro.
A escolha é possível, em certo sentido, porém o que não é possível é não escolher.
Eu posso sempre escolher, mas devo estar ciente de que, se não escolher, assim mesmo estarei escolhendo.