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Ingrid Gabriele

Carlos Drummond de Andrade em um de seus poemas disse: Por muito tempo achei que a ausência é falta.
Eu penso diferente, não como sinônimos, pra mim elas se complementam e prefiro pensar assim.
A ausência pode ser definida como ação de afastar se de casa ou dos locais os quais costuma frequentar.
Já a falta pode se dizer que é a supressão da existência; privação, se tratando de esportes chega a ser até uma infração.
A ausência é também a certeza de que você viveu, experimentou, soube o que é e se te fez bem ou não.
A falta, você só vai entender depois de viver a ausência.
Talvez não seja tão fácil entender e nem onde essa situação se aplica, talvez nem deva tentar, mas te direi como identifica la.
Bem, se a ausência te fizer perceber que algo te falta, você saberá do que estou falando.
Eu não estou sendo aleatória, não falo de bens materiais ou coisas vazias.
Venho aqui falar do vazio/ausência/falta que por muito eu já senti e talvez você também sinta.
E não se engane, nem sempre é saudade ou solidão.
Falo especificamente do amor, do amor de Deus e da falta dele, da sensação de que nenhum tempo do mundo foi suficiente e da certeza de que não é.
Sim, da certeza de que nada e nem ninguém no mundo tem o poder de fazer com que você nunca experimente o que é sentir falta do amor além dEle, por nem ter experimentado direito a ausência do mesmo.
Quando se tem Deus não sobra espaço nenhum que possa ser denominado vazio.
Porque Deus supre todas as necessidades vazios e solidão e estar na presença dEle não te faz apenas cheia amor, te faz também transbordar.
Ser amado por Deus, mostrar o amor de Deus, falar do amor de Deus e amar como ele, sem ausência, falta, dor e nem saudade.

Pobre Gorota
Ela queria alguém pra contar sempre, alguém pra manter ao seu lado, alguém para amá la, alguém pra retribuir cuidados.
Ela queria alguém pra chamar de seu, alguém que te aturasse e te entendesse, alguém em quem pudesse finalmente depositar confiança, confiar cegamente, sem precisar ser julgada, como sempre foi.
Esse era um dos seus maiores medos e uma das maiores dificuldades, mas ela confiou.
Era seu sonho.
Ela queria ser mimada, queria se sentir princesa, ser chamada de linda, ouvir palavras que pudessem te deixar com a auto estima bem lá em cima, e queria ouvir isso desse alguém, só desse alguém.
Ela queria tudo isso, precisava disso ou talvez achasse que sim.
Ela queria ser feliz, e achava que só poderia ser feliz se achasse esse alguém que tanto desejava.
Ela queria um amor, queria saber como era o amor, queria sentir esse amor e queria a reciprocidade desse amor sentido.
Teimosa, guerreira, persistente.
Assim era ela.
Menina sonhadora, cheia de sonhos e desejos.
Alguns um tanto difíceis de se conseguir, mas não impossíveis.
Nada pra ela era impossível, e esse era um de seus lemas.
Garota com metas a ser cumpridas, e a maior era ser feliz e amada.
Tudo mudou, só que ela ainda é a mesma de sempre, a diferença é que agora chora, por tudo que se foi, por toda ilusão recebida, por todo amor mendigado sem reciprocidade nenhuma, por todas as traições, mentiras, desilusão.
Caiu na real, pobre garota.
Sonhava com o "era uma vez" e seu príncipe encantado, e a vida só te deu sapos.
Hoje ao se olhar no espelho, aprendeu a lição de que não foi ela quem perdeu, e sim ele, por todos os vacilos cometidos.
Ao se olhar no espelho se reergue, e vê uma beleza nela que à nunca tinha encontrado, sem precisar que ele ou ninguém te elogie.
Hoje ela se arruma, coloca o vestido mais belo, a maquiagem mais bonita e sai para se divertir, esquecer de tudo, se sentir melhor.
Por ironia do destino quem fica em casa chorando agora não é a pobre garota sonhadora, e sim ele, por tê la perdido, a mesma que sempre mendigou seu amor, tarde demais para se arrepender.
Ela percebe que foi feliz, não pra sempre nem do jeito que queria, mas em parte acabou sendo.
Sofreu com o término Sim! Sofreu, mas sofreu mais com o que ele te fez passar.
Se arrempendeu Sim e não.
Sim por ter confiado tanto, não porquê acabou aprendendo muito com tudo isso.
O que ela aprendeu Aprendeu que pode ser feliz, sem depender de ninguém.
Aprendeu que pra todo fim, tem um recomeço, que acima de tudo tem que vim primeiro ela.
Não é egoísmo, é amor próprio.
Aprendeu que não tem nada errado em sonhar, errado é você se iludir com esse sonho e deixar que alguém te iluda mais ainda.
Aprendeu que viver pra sí, é melhor que viver pra alguém, ela tem que se agradar, não agradar aos outros.
Aprendeu que pra cada 2 tristezas sentida, tem umas 50 alegrias esperando para serem sentidas e usadas também, superando assim a dor de antes.
Agora, o lema dela é ser feliz.
Agora sim.

Ouvi em uma música que buquês são flores mortas.
De fato, buquês são flores mortas, flores que de ti foram colhidas, que das mais belas a vida foi de ti arrancada e aos poucos esvaída.
Buquês são o embelezamento de vidas arrancadas, cortadas pela metade.
Usados de maneira que trazem felicidade.
Mas há felicidade em algo que foi arrancado e interrompido em seu momento mais lindo
Ouvi também em outra música que as flores de plástico não morrem.
Não seria mais fácil que os buquês fossem de plástico Seria sim, a artificialidade faria durar o sentimento que de início se teve, se é pra trazer felicidade, que ela ao menos dure.
Não é mesmo
Mas porquê há mais beleza no que é morto e ainda continua intacto Mesmo sabendo que uma hora ou outra vai ser jogado no lixo sem nenhum valor.
Não poderia vê o belo em algo que imita o real e deixar que a vida em ti ainda esteja
De fato a beleza do natural chama mais atenção, mas o natural apodrece quando morre, quando é arrancado.
O natural quando arrancado é interrompido, a vida e a beleza acaba não sendo a mesma, porém ninguém pensa dessa maneira.
E porquê a beleza acaba quando as flores murcham Não deveria ser assim.
Se o natural é bonito, porque não deve haver beleza no morto apodrecido Se é belo o viver das flores e mesmo assim não às mantem, porque não encontrar a beleza peculiar das flores que foram mortas, porém desta vez secas, representando assim de fato, sua vida arrancada de ti.
Será que porquê dói lembrar que um dia foram belas Ou simplesmente porque só é bonito o que os convém
A vida é fugaz, poucos valorizam.
A beleza é fugaz, muitos ainda se importam muito com ela.
Porque não há beleza no diferente Porque não admirar a beleza de uma coisa que é morta mas de fato relembrar que não há viver alí, admirar a flor enquanto ainda há frescor é fácil, é típico, é muito comum, clichê.
Quero ver existir felicidade ao receber uma flor morta que representa a beleza de maneira diferente do comum.
Se uma flor viva pode um dia acabar murchando e um buquê se acabando da mesma forma, porque não dar logo uma flor morta e assim poupar vê la apodrecer e perder a beleza que é relativa aos olhos de quem vê
Essa flor pra mim é linda, você vê beleza nela