POLTRONA DE COURO AMARELO
Sinto falta daquela menina
Tranquila, serena, protegida,
Sentada na poltrona de couro
Lendo literaturas e enciclopédias.
Sentia se feliz e ciente não era
Das recordações que teria,
Dos momentos com teu pai,
E saudade sentiria.
Como gostaria de voltar,
A sentar naquela poltrona
Não tinhas o que tens hoje,
Tampouco sorria,
De forma lapidada
O silêncio continua,
Relembrando de tua infância.
Desejava que o tempo parasse
Em cada página que lia,
Mas, consciente que noutro dia,
Com teu papai estaria.
A Fé brotou
No coração daquela menina.
Não existe mais a poltrona
Nem teu pai se encontra,
Dando alpiste aos passarinhos:
Pardais que pousavam,
Na calçada do escritório.
O passado não retorna
No presente memórias valiosas
Ao recordar da poltrona,
Querendo nela sentar,
Lendo os livros do teu pai,
Vendo o em sua prancha trabalhar,
Ciografia com esmero executar.
Saudades da poltrona amarela,
Dos livros que ainda pode ler,
E do teu pai
Que outrora irá encontrar.