Grazi Aguiar

Doce incomodo ser eu
Ser incomodado
Ser incomodo
Assim sou eu
Silêncio sufocante com vontade de gritar
Ser só, ser minha, ser sua, não ser minha, não ser nada, não ser de ninguém,
Ser incomodo que dói, mesmo sem ser, mesmo sem querer ou querendo ser,
Sua vida, seu drama, sua sina, sua rima, seu fim sem fim,
Desculpa por não ser culpada, mas por ter culpa de ser esse doce incomodo incomodado,
As vezes lateja, lateja sem fim, grita, se irrita, vomita e engole o choro, mas continua sendo esse doce incomodo

O orgulho tem ferido a alma e afastado os corações
O ressentimento tem cessado os abraços e roubado os sorrisos
Há silêncio, tudo ficou vazio
Abraços sem braços, sem sentimento, o vento levou e ficou perdido no tempo
Estamos tão longe mesmo perto, somos completos desconhecidos incompletos, egoístas, vivendo de afetos vomitados.
A garganta as vezes dá um nó e uma uma lágrima insiste em rolar, mas você a seca.
Não é nada, talvez seja cansaço.
Talvez seja falta de amor
Amor de pai, amor de mãe, amor de irmão, amor de amigo, amor de primo, amor de tio ou tia, amor de família.
Desfez se os laços, cortou os seus braços pulou num abismo sem fim Seu Fim.

Até quando vou me torturar
Até quando vou sabotar minha felicidade
Até quando o medo vai me impedir
Eu não sei Eu nunca sei.
Só sei que enquanto eu não desisti estarei aqui.

Sem sentença me ofereces a morte penso eu que sorte! Melhor morrer do que sofrer ao viver sem ter você perto de mim.

Se a vida fosse bela eu não exitaria em existir, mas como não tive escolha existo

Seus olhos não eram verdes, nem azuis, eram da cor que tinham que ser eram escuros, mas não como a noite.
Olhos perdidos, olhos tristes, por não encontrar a beleza de um coração.

Crudelissimo e enfame ser, ora lança da tua boca injurias, ora palavras afetuosas de pura ternura e amor.
Quem sois tu
O qual me ilude porém já não mais me engana.