Os defeitos, porém, só me pareceram censuráveis no começo das nossas relações.
Logo que se juntaram para formar com o resto uma criatura completa, achei os naturais, e não poderia imaginar Marina sem eles, como não a poderia imaginar sem corpo.
Naquele segundo ano houve dificuldades medonhas.
Plantei mamona e algodão, mas a safra foi ruim, os preços baixos, vivi meses aperreado, vendendo macacos e fazendo das fraquezas forças para não ir ao fundo.
Quem dormiu no chão deve lembra se disto, impor se disciplina, sentar se em cadeiras duras, escrever em tábuas estreitas.
Escreverá talvez asperezas, mas é delas que a vida é feita: inútil negá las, contorná las, envolvê las em gaze.
Disseram me depois que a escola nos servira de pouso numa viagem.
Tínhamos deixado a cidadezinha onde vivíamos, em Alagoas, entrávamos no sertão de Pernambuco, eu, meu pai, minha mãe,duas irmãs.
A primeira coisa que guardei na memória foi um vaso de louça vidrada, cheio de pitombas, escondido atrás de uma porta.
É fácil se livrar das responsabilidades.
Difícil é escapar das consequências por ter se livrado delas.