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Giulia Staar

Eu ficava confusa, me sentia uma intrusa, eu só queria desaparecer.
Não entendia o porque de uma pessoa me fazer tão mal, pudesse me fazer tão bem, com ele eu sentia frio, eu me sentia quente.
Eu tentava dar um sorriso, até ele estragar tudo, mas porque diabos horas depois lá estava ele tentando me fazer sorrir A minha vida nunca esteve tão confusa, tão difusa.
De um lado eu rezava para que ele ficasse longe, afinal, eu tinha amor próprio! Mas porque será então que toda vez que eu colocava um pé para fora do apartamento, lá estava eu imaginado mil lugares onde poderia encontra lo Eu disse que ia desistir, mas eu também nunca fui muito de tentar, sempre gostei de deixar tudo como está.
Sou comodista, uma grande artista da preguiça, falo mais que faço, e faço menos do que preciso.
Eu que sempre fui considerada a grande contradição, a pura confusão, e me deparei logo com um campeão dessa colocação.
Já cogitei a possibilidade de uma continuação, afinal o dia e a noite fazem parte do mesmo mundo, porque eu e ele não Eu já tentei de tudo para me desfazer, mas de tudo eu consegui menos de você Eu me perguntava qual era seu problema, você dizia que era eu, e eu não entendia, tudo que eu fiz foi fingir que existia.
E ta aí o problema, eu sou um dilema, uma inconstante, enquanto você sempre tão certo e tão distante.
Criticava até a caneta que eu escolhia, dos filmes, livros e tudo que eu dizia.
Roubava minhas coisas, roubou até a mim mesma.
Eu já disse, não toque em mim! Eu já disse se afaste! Faz parte.
Tudo faz parte.
Lamento pelo seu estado, lamento pela sua loucura.
Lamento por sua personalidade invasiva, e por seu critério existente, lamento por mim, que fui me sentir confusa logo por um cara que tinha uma personalidade tão difusa.
E não fique achando que eu lamento de tudo por você, afinal eu te dei tudo, e você, não me deu nem um terço do que eu merecia ter.

Você me conhecia, me entendia, você sabia.
Você gostava de me provocar, me deixar ser louca, ou aparentar.
Você dizia que não ligava, tinha vezes que nem na minha cara olhava, nem um telefonema dava Mas eu era orgulhosa demais, estranha demais.
Você há alguns dias me disse que eu não estava nesse mundo sozinha, e quase me deu a entender, que eu não estava sozinha porque estava com você Você me chamava de mentirosa, muitas vezes me ignorava.
Tinha dias que eu chegava a fazer de tudo só para ganhar um olhar seu.
E quando você olhava Há quando você olhava, era algo tão profundo, demorado.
O mundo finalmente fazia algum sentindo.
Estar ali se tornou importante, pelo menos uma vez eu via um sentido em tudo.
O que não durou nada, na verdade depois de um tempo, parecia que nem havia acontecido 13 dias depois você voltou a falar comigo novamente, ou a me atingir novamente.
Você vazia questão de dizer que eu não servia para nada, a não ser para ser sua.
E eu me confundia.
Ser sua Era isso Mas nunca fui do tipo que pertencia a ninguém.
Muito menos de um alguém como você Alguém instável e tão seguro ao mesmo tempo.
Alguém que me criticava e ao mesmo tempo me elogiava.
Alguém que tinha mania de sumir e voltar quando bem entende se, alguém que me via e não falava nada e gostava da ideia de saber que eu odiava ser ignorada.
Alguém cínico, sádico e irônico.
Alguém que exalava tudo que eu mais odiava.
Alguém como você.
Que não é fácil de se esquecer, muito menos de se conhecer E todas as vezes na qual eu acreditava que estava pensando na sua frente, você fazia questão de me surpreender sabendo que eu odiava surpresas.
Você parecia o cara totalmente errado, no momento que eu nem fazia ideia se era o certo.
Você era o cara que bem, dizia que eu não prestava, enquanto quem não prestava era você.
Você foi o cara que me chamava de idiota, sem saber que você mesmo me tornou uma.
Você dizia que eu perdia minha vida sentada esperando pelos outros.
Enquanto por quem eu mais esperei foi você.
Você foi o cara no qual nunca um eu te amo me disse.
Mas foi o único que eu tive certeza de que me amou de verdade.

Era a desgraça em pessoa, não fazia meu tipo, não me agradava, nem ao menos me fez dar uma risada alguma vez.
Era o tipo de pessoa que com muita auto confiança e esforço conseguia se ignorar.
Suas falas sempre viam acompanhadas de um singelo palavrão, suas expressões faciais sempre envolviam o maxilar trancado Era o tipo de homem que todas as garotas queriam, o chamado “Perigo em pessoa”.
Engraçado, eu nunca fui o tipo de desejar o perigo para mim.
A maior parte do tempo me afastava de qualquer coisa do tipo, eu não gostava de confusão, muito menos de pessoas que atraiam a por instinto.
O fato é que depois de um tempo, quanto eu mais fugia eu mais me aproximava Mais de suas manias entendia, mais de suas loucuras participava, mais dele eu conhecia Nada parecia lucido quando estava ao seu lado.
Por isso fugia, fugia, mas nunca a lugar algum Corria em círculos, era um ciclo que nunca tinha fim.
Ele até um dia chegou a me dizer que eu fui a unica de tantas que se importava com sua sanidade mental, bom, não era só com a dele que eu me preocupava, era com a minha também, que vinha constantemente declinando, a cada vez que ele se aproximava, a cada vez que seu cheiro se espalhava, que sua boca abria em um sorriso escondido só para mim, a cada vez que ele nada falava, apenas me observava Eu estava ficando confusa, não entendia o que era aquilo que tínhamos, não entendia porque eu parecia estar gostando daquilo tudo que eu sempre procurei fugir.
Não entendia o porque de eu ser importante para ele, o porque dele ser tão insano ao ponto de achar que sentia algo por mim.
Ele nunca havia me feito sorrir, nunca havia dito que se preocupava comigo, nunca havia dito nada para mim que não viesse acompanhando de um palavrão.
E por mais que eu quise se negar, ele insistia em afirmar que havia algo, que tinhamos algo e que eu era idiota demais para perceber.
Eu era o tipo que não se apaixonava, que nunca me deixava levar por nada, era a garota que tinha medo até da própria sombra, que procurou ser tudo menos a garota de alguém Ele era impulsivo, explosivo, indiferente, a desgraça em pessoa.
Ele exalava perigo, e bem, depois de um tempo eu parecia bem avontade com o fato de me arriscar só um pouquinho