Já em algum momento
Olhastes para o céu
E vistes a face
Daquele amor que nunca conhecestes
Sentistes a saudades
O aconchego daquela paixão
Que nunca tivestes o prazer
De sentir na palma de vossas mãos
Apesar da vida ser apenas um quadro
Uma muda de goldbáchia em meio à metagaláxia
Por algum acaso etéreo eu despertei
No mesmo espaço tempo em que você
Se eu te dissesse
Que não estou bem
Que estou pra baixo
Miserável
Tu me levantarias
Ou me assistirias
Simplesmente
A lamentar
Serias tu aquele herói
Humilde
A me salvar
Ou apenas aquele
A me dizer adeus
E declarar saudade
Sem nem ao menos tentar
E por falar em poesia
Aquela própria a qual aprendi com você
Pretendo através de um singelo exército de palavras bonitas
Já que não prometo compor, assim por dizer
Recitar uma serenata
Exclusivamente ao teu ser
Olhar para o teto da pequena casa
Sentir que o universo devastador encara
As estrelas caem sobre ti n’alma
E os olhos fecham em meio à calma
O mundo seria só
De fosse perfeito
Nulo defeito
Que há de atormentar
A vida de todos
O amor como um todo
Não existirá
Sem a luta do ardor
Do mar de paixão
Que vem a rachar
No coração
Que bate sem freio
Afim de amar
Certa vez
Se me relembro
Com clareza
Siga em frente
Eles disseram
Os anjos
Mas como devo saber
Proceder
Se minha bússola quebrada estiver
E as estrelas
Embaralhadas
Me negarem a direção
E tiver de usar dos artifícios
De meu coração