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Gerson De Rodrigues

Imagine que um belo demônio, saísse do espelho e te oferecesse uma nova vida, mas para isso você teria que matar a si mesmo para vive la – todas as suas decepções, seus medos, as noites que passou chorando, os seus dramas, absolutamente tudo seria apagado e você acordaria vivendo uma vida bem sucedida.
Uma vida na qual todos te amam, seus pais se orgulham, seus amigos sempre o chamam para sair, você é aceito na sociedade e seu emprego tem um salário tão bom que poderia pagar por tudo que sempre sonhou.
Você mataria a si mesmo, para viver essa nova vida
Adam, um jovem que odiava sua existência, tomou a sua decisão, aceitou o pacto com aquele belo demônio e apertou o gatilho contra sua própria cabeça.
E ao acordar, estava vivendo uma nova vida os pássaros cantavam, sua mãe sorria esbanjando orgulho do seu filho, seu celular tocava incansavelmente com mensagens de seus fiéis amigos – tudo parecia perfeito.
Aos poucos, vivendo essa nova vida adam percebe que seus amigos começam a se afastar, seus pais começam trata lo com desprezo e ele é demitido do novo emprego.
Sem perceber os motivos pelo qual sua nova vida estava desmoronando, ele corre aos prantos pedindo ajuda ao demônio;
''– Por que Por que a minha vida está desmoronando '' Perguntou adam em completo desespero
O demônio, iluminado pela luz da manhã sorri de maneira singela, e sem dizer nada mostra para Adam mais duas novas vidas; A Primeira uma versão ainda mais bem sucedida, e a outra sua antiga vida da qual ele temia e fugia desesperadamente.
Sem hesitar, ele pegou novamente a arma e atirou em sua antiga vida, e em seguida atirou contra sua própria cabeça,e então acordou vivendo aquela nova vida que havia escolhido.
Dessa vez, tudo parecia perfeito.
Adam saia com seus amigos para festas e baladas que eles escolhiam, todos riam e esbanjavam felicidade; Seus pais estavam cada dia mais orgulhosos do seu novo emprego ( ) Mas Adam não estava feliz, todos a sua volta sorriam e todos o aceitavam, mas faltava algo, faltava algo que ele não conseguia perceber.
Furioso, ele volta correndo ao demônio, que desta vez estava chorando Adam sem entender o que estava acontecendo, colocou as mãos no ombro daquele belo demônio e perguntou
‘’ – Por que choras ’’
O demônio, chorando e sem dizer absolutamente nada, mostra a Adam duas novas versões de sua vida.
Adam confuso, observa uma versão ainda mais bem sucedida, e a sua antiga e original versão.
Ele então indaga ao demônio de maneira furiosa
‘’ – Sobre o que isso se trata! Por que eu não consigo ser feliz mesmo sendo um homem sucedido! ’’
O demônio se aproxima de adam, e aponta com os dedos para sua antiga vida e pela primeira vez ele diz algo
‘’ Para ser feliz, é preciso primeiro aceitar quem você realmente é’’
Uma gota de lágrima cai dos olhos do demônio, e ao olhar o seu reflexo adam finalmente percebe;
‘’ Somos todos diabos, aos olhos do mundo que não nos compreende’’ Gerson De Rodrigues

Poemas de um homem qualquer
A minha alma afoga se em lágrimas,
estou hoje morto
como se nunca tivesse nascido
Nas noites solitárias
em que a angustia transforma se em desespero
enforco me nos meus sonhos de infância
que um dia me fizeram sorrir
Tudo o que eu vivi
vivi em agonia;
Sou o monstro que rasgou as entranhas da minha mãe
e a matou no parto
sou a miséria que se alastra pelo mundo
E ao mesmo tempo não sou nada
além de um verme qualquer
E como eu poderia ser alguma coisa
se falhei em tudo!
Vivo a vida com intensidade
despertando paixões
nos rincões do universo
Mentindo no espelho
que eu não irei me matar
e por que eu me mataria
Se as dores que vivem em meu peito
são as únicas coisas que me mantém vivo
Como eu ousaria cometer este crime terrível
e tirar a minha própria vida
quando cometo a petulância de olhar na cara de Deus e dizer
Não amaldiçoas te me com a vida
Agora amaldiçoou a ti com a Filosofia
Eu sou o homem que nasceu para odiar a vida,
e em letras transformo meu ódio em Poesia
minha tristeza em Filosofia e
minha paixão em Melancolia
Se algum dia eu tirar a minha própria vida,
irei certificar me de ter feito dela o meu parque de diversões
o meu reino de Deus
o meu Céu
e o meu Inferno
Se algum dia eu tirar minha própria vida,
sobre o meu tumulo irão de escrever
Aqui jaz o homem que fez a vida curvar se perante os seus pés
Não me entregarei as dores do mundo,
ou a está maldição que a mim foi concebida
contra minha maldita vontade
Não direi a vida
em sua cara covarde
‘’ Oh vida não suporto as suas dores’’
Irei gritar em seu rosto frio!
OH VIDA, TU NÃO ME SUPORTAS!!

Um dos meus passatempos na vida, é sentar em um banco de uma praça qualquer aonde passam bastante pessoas, gosto de sentar e observar os seres humanos.
É Sempre possível observar o ‘’ Homem bem sucedido’’ de terno e gravata transitando com seu sorriso no rosto, a senhora com a bíblia na mão com esperança e amor nos olhos, a criança inocente que de nada sabe sobre a vida cuja sua preocupação é alimentar os pombos.
Cada humano que observo percebo algo incomum, nenhum deles se preocupa com o que eu me preocupo, não consigo passar nem mesmo algumas horas sem refletir em o quão inútil nós somos perante o universo, ou como irei me portar no enterro da minha mãe – ou como meu filho irá se sentir diante da minha morte.
A Habilidade que os seres humanos possuem em trabalhar como formigas, e sorrir como palhaços me parece um tanto quanto vantajosa a ignorância permite ao homem existir – pensem bem o que seria da humanidade se todos fossemos Niilistas
Sentado naquele banco observando os humanos que transitam sem parar, sinto me como alguém que saiu da caverna de platão, e não consegue explicar aos outros a realidade fora dela.
O Quão cruel eu seria Como posso eu querer tirar do homem feliz a ignorância Como posso eu tirar do homem a caverna que o protege da realidade.
Então vivo sozinho fora da caverna observando aqueles que ainda vivem nela, lamento me por aqueles prisioneiros que morrerão sem saber que em suas pernas haviam correntes

Uma fria chuva de inverno
Quando a morte beijar a vida pela última vez
Como uma fria chuva de inverno
Ou o último suspiro de um homem
Ao debater se dependurado em uma corda
O Universo derramará suas últimas lágrimas de solidão
A Morte deixará esse universo sem o triste despojo da carne
Ou o lamentar dos cegos e a esperança dos tolos
Quando a morte beijar a última estrela
Na penumbra da noite apodrecerão também
Os últimos deuses e as últimas canções
Banhada de lágrimas a solidão irá cavalgar
Em seu cavalo negro pelo vale do nada
E até mesmo o universo irá clamar
Em desespero com medo da morte
Morreremos sem deixar porventura uma única alma errante
Quando a morte selar o contrato com o tempo
E a vida dobrar os seus joelhos
A Esperança que um dia brilhou
Nos olhos de pequenos indivíduos
Que admiravam o céu noturno
Em um passado longínquo
Desaparecerá para sempre
Morreremos sem deixar um único suspiro, uma única sombra
A lembrança da vida irá se apagar
Com a última estrela a brilhar na escuridão
E os diabos vão chorar abraçados aos deuses
Enquanto o seu reino perece
Na fria epiderme da morte
Morreremos tão completamente
Que o Niilismo irá se tornar a última verdade
A Única verdade a caminhar pelo vazio
Ao lado da morte como a sua doce amante
Até que um dia a morte ao ler em seu diário
Sobre a sua antiga companheira chamada vida
Chorará lágrimas de sangue degolando se com a sua própria foice
Morreremos tão completamente
Que o próprio universo deixará de existir..
E a completa ausência da matéria
Tomara conta deste infinito vazio
E o vazio finalmente poderá sorrir para a solidão
beijando a como uma fria chuva de inverno