DESENGANOS D'ALMA
Pedaços entrecortados de mim
Sofrem, reclamam.
Esperneiam!
Revolucionam se na consciência.
Não dá pra disfarçar o pensamento
Mesmo quando às vezes eu tento
Enganar a mente.
Aí, novamente
Meu olhar cobra à inteligência
Os porquês de tantos conflitos,
De tanta briga, tanta desavença
E quem mais sofre é justamente
Aquela que vive em mim o momento
Dos atos insanos que cometidos
Por tristeza ou mesmo desengano
Em males e erros deliberadamente
Denotam suas consequências:
A nobreza d'alma! A alma agredida
Sente se maltratada, desprovida.
Aí, nasce a dor, a lágrima, a desilusão.
A alma carente de amor, carinho
Contesta sua existência, sua missão
E, triste, ferida pontiagudamente
Por todas as razões acometidas
Sangra imensamente meu coração!