As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio.
Quando eu começava a fazer alguma coisa que não te agradava e tu me ameaçavas com o fracasso, então o respeito pela tua opinião era tão grande que com ele o fracasso era inevitável.
Apenas deveríamos ler os livros que nos picam e que nos mordem.Se o livro que lemos não nos desperta como um murro no crânio, para que lê lo
O Sentido da vida é que ela termina.
O possuir não existe, existe somente o ser: esse ser que aspira até ao último alento, até à asfixia.
Dormi, acordei, dormi, acordei, vida miserável.
Tudo acontece como se meu combate espiritual se passasse em uma clareira.Penetro na floresta, nada encontro, e a fraqueza logo me força a sair de lá, freqüentemente, quando deixo a floresta, ouço, ou creio ouvir, os cliques de armas usadas em uma guerra.
O que é a riqueza Para um, uma velha camisa já é riqueza.Outro é pobre com dez milhões.A riqueza é algo completamente relativo e insatisfatório.No fundo, não passa de uma situação peculiar.
Mesmo no caso de a esperança ser muito pequena, não tenho o direito de não usar as minhas possibilidades.
Não faz muito tempo e pela primeira vez, como nessa ocasião admiti espantado para mim mesmo mencionei o assunto a um bom amigo, só de passagem, bem de leve, através de algumas palavras, rebaixando o significado de tudo pois no fundo a questão para mim é pequena vista de fora a um nível um pouco inferior à verdade.
O caminho certo passa sobre uma corda esticada pouco acima do chão.Parece antes destinado a fazer com que as pessoas tropecem do que levá las a um bom fim.
Precisamos de livros que nos afetem como um desastre, que nos entristeçam profundamente, como a morte a quem tenhamos amado mais que a nós mesmos, como ser banido pra florestas isolas de todos, como um suicídio.Um livro deve ser um machado para o mar enregelado que temos dentro de nós.
Um livro deve ser o machado que partirá os mares congelados dentro de nossa alma.
De alguma forma eu lutava contra sensações que continham pura abstração e nenhum gesto dirigido ao mundo atual.
Bem, este círculo pertence nos de facto, mas só nos pertence enquanto nos mantivermos nele; se nos afastarmos para o lado uma vez que seja, por distracção, por esquecimento, por susto, por espanto, por cansaço, eis que já o perdemos no espaço; até agora tínhamos tido o nariz metido na corrente do tempo, agora retrocedemos, ex nadadores, caminhantes actuais, e estamos perdidos.
