Quando os amigos nos enganam, não devemos senão indiferença às suas manifestações de amizade, mas devemos sempre sensibilidade às suas desgraças.
Apesar de os homens se gabarem dos seus grandes feitos, estes não são, a maior parte das vezes, resultado de grandes desígnios, mas tão somente do acaso.
Cada sentimento tem um tom de voz, gestos e expressões que lhe são próprios.
E é esta relação, boa ou má, agradável ou desagradável, que faz que as pessoas agradem ou desagradem.
O desejo da glória, o receio da vergonha, a ambição de fazer fortuna, o desejo de tornar a nossa vida cómoda e agradável e a ânsia de rebaixar os outros, são frequentemente as causas deste valor tão célebre entre os homens.
O espírito afeiçoa se por preguiça e por constância àquilo que lhe é fácil ou agradável.
Este hábito limita sempre o nosso conhecimento e nunca ninguém se deu ao trabalho de engrandecer e de levar o seu espírito tão longe quanto ele poderia ir.
O amor, por muito agradável que seja, agrada mais pelas formas por que se exprime, do que por si mesmo.