O que nos faz amar as novas relações não é tanto o cansaço que sentimos das antigas, ou o prazer de mudar, mas o desgosto de não sermos bastante admirados pelos que nos conhecem bem e a esperança de o sermos pelos que não nos conhecem tanto.
O que nos leva a amar as novas pessoas que conhecemos é menos o cansaço que temos das velhas ou o prazer de mudar, do que o desgosto de não sermos bastante admirados pelos que nos conhecem demais e a esperança de sê lo mais pelos que não nos conhecem tanto.
É melhor empregarmos o nosso espírito em suportar os infortúnios que nos acontecem do que em prever os que nos podem acontecer.
O encanto da novidade e os velhos hábitos, por mais que uma coisa se oponha à outra, impede nos igualmente de ver os defeitos dos nossos amigos.