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Flávia Thaysa

O poder de se reconhecer a VIDA.
As pessoas, em seu péssimo hábito de se prenderem tanto às coisas terrenas, acabam por sufocar as palavras.
Acabam por guardar e amargurar o que tanto as atormentam.
Acabam por deixar de dar aquele último adeus e só finalmente percebem que sua prisão interior não era nada diante da oportunidade de dizer aquelas palavras, de oferecer um abraço, de receber um perdão, quando perdem a opção de decidir.
Quando a morte decide que as palavras nunca serão ouvidas, que não terá a quem oferecer abraço, que não haverá perdão a ser recebido.
E então nós lamentamos, lamentamos e sofremos as oportunidades perdidas, os espaços vazios.
O futuro impossibilitado; incompleto.
E então, em toda nossa dor, fazemos com nossa própria vida exatamente o que fizemos com a pessoa que perdemos.
Deixamos de nos ouvir, de oferecer perdão à própria consciência.
Nos afastamos de quem amamos, nos prendemos em nossa própria bolha, sem perceber que estamos cometendo o mesmo erro pelo qual tanto nos arrependemos.
Infelizmente, não há nada que possamos fazer para mudar a história, para voltar no tempo ou para consertar tudo.
Isso tudo só podemos fazer em VIDA.
Então, quer saber Sofra, sofra bastante com o vazio e a angústia que a morte deixa, extravase, seja sincero consigo mesmo e se liberte, mas, ao invés de lamentar o passado, olhe pra pessoa do seu lado, desabafe e se entenda com ela.
Corra e peça perdão a quem precisa.
Se aproxime da sua família.
Ofereça abraços, muito abraços! Mude sua vida, saia da comodidade! Honre a pessoa que você ama aprendendo com os seus erros, mostrando que é um vencedor apenas por estar TENTANDO, que o significado dela vai muito além da vida, muito além da MORTE! Faça o seu máximo para ser o que você queria ter sido, para solucionar tudo que a pessoa querida deixou para trás, para fazer o máximo para que a história dela seja olhada com orgulho, e não tristeza! Todos temos escolhas, então, você pode, sim, sofrer e trancar se dentro de si mesmo, mas também tem a possibilidade de ser o dono da própria vida e de fazer algo que valha a pena, de evoluir e aprender com os erros.
Afinal, como já dizia aquela frase do Harry Potter
"Não tenha pena dos mortos, Harry.
Tenha pena dos vivos e, acima de tudo, daqueles que vivem sem amor"