O adolescente emerge da infância vivida entre sonhos.
Viver era bom, as pessoas eram calorosas, o universo era belo.
O mundo era bem ordenado.
Tudo ia bem, como se fosse o melhor dos mundos.
Era a época em que a fantasia permitia o idealismo.
Ora, de repente, em apenas alguns meses, enquanto o olhar no momento da adolescência se faz mais agudo e mais penetrante, o jovem sai do mundo feérico, para mergulhar no mundo da realidade.
Ele descobre, então, que dos sonhos que havia alimentado à realidade que descobre, não há nenhuma relação.
Fernando Cesar