Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra
Nada sou, nada posso, nada sigo.
Trago, por ilusão, meu ser comigo
Não compreendo, compreender nem sei
Se hei de ser, sendo nada, o que serei
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada
Tudo em meu torno é o universo nu, abstrato, feito de negações noturnas.
Divido me em cansado e inquieto, e chego a tocar com a sensação do corpo um conhecimento metafísico do mistério das coisas.
Quando temos todos os sonhos do mundo é porque há certeza que sonhar é possível ao mesmo tempo de ter saúde.
Há um grande cansaço na alma do meu coração.
Entristece me quem eu nunca fui, e não sei que espécie de saudades é a lembrança que tenho dele.
Caí contra as esperanças e as certezas, com os poentes todos.