Ps: Hoje é dia de letra nova.
De página em branco.
De frio na barriga.
Escrever pode ser doloroso.
Pode ser reconfortante.
Pode ser terapia.
Mas não importa.
Palavras me constroem.
E me vestem.
Mostrando o que – por hora – eu não quero mais esconder.
Não gosto de café morno, de conversa mole, nem de noite sem estrela.
Sou bem mais feliz que triste, mas às vezes fico distante.
E me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação pra vida.
Explicação mesmo, eu sei: não há.
Não importa que você não fale o que eu tento descobrir de você e não consigo.
(SEU OLHAR ECONOMIZA PALAVRAS)
beijos no seu coração.
Não precisa gostar de mim se não quiser.
Mas não me faça acreditar que é amor, caso seja apenas derivado.
Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores.
O simples me faz rir, o complicado me aborrece.
Tudo com o que eu me importo, ME IMPORTA MUITO.
Me suga, me leva, me atrai, se funde com tudo o que sou e me consome.
Toda.
Por inteiro.
Sorte minha me doar tanto e com tal intensidade e ainda sair viva dessa vida.
A vida não está aí apenas para ser suportada ou vivida, mas elaborada.
Eventualmente reprogramada.
Conscientemente executada.
Não é preciso realizar nada de espetacular.
Mas que no mínimo seja o máximo que a gente conseguiu fazer consigo mesmo.
Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera.
E chega mais perto de ser quem na verdade a gente é.