Triste mesmo é quando não amamos a nós mesmos.
É, pois as vezes chamamos de amor aquilo que acreditamos sentir pelos outros.
Não por nós mesmos.
Aquilo que muitas vezes, ou quase sempre, egoísta, impomos ao outro.
Como parte daquilo que chamamos também de entrega.
E cobramos.
Chamamos de amor aquela parte que achamos que estamos doando, mas apenas emprestamos a prazo.
As vezes, com juros.
Triste mesmo, é vomitar doçuras, escrever purezas e na vida, na rua, no olho, emitir desprezo, amargura, egoísmo.
Triste mesmo é achar que amor é ensinar.
Quando quase sempre, é aprender.
Triste é quando buscamos amor naquilo que não é nosso, e nunca será.
Quando tudo que nos pertence, escolhemos ignorar.
Triste é não ver o amor transbordando ao nosso redor.
Para valorizar aquele amor minguado, quase implorado daqueles ou daquilo que não ha nunca de nos afagar.
Triste.
E o amor, não deveria ser triste.